Na semana passada, a Greif anunciou que assinou um acordo para até 100 GWh de energia solar limpa e renovável por meio de um acordo virtual de compra de energia (VPPA). O que é um VPPA? E exatamente quanta energia é 100 GWh?
Ficamos muito felizes que você tenha perguntado.
O que é um Contrato de Compra de Energia Virtual (VPPA)?
Em um mundo perfeito, nós simplesmente conectaríamos painéis solares, turbinas eólicas ou poços geotérmicos às nossas casas e instalações para alimentar nossas vidas e dar adeus aos nossos problemas de mudança climática. A realidade é que não é tão simples assim. É aqui que os VPPAs desempenham um papel tão importante. Em sua forma mais simples, eles são contratos financeiros de longo prazo – normalmente de 12 a 15 anos – entre um comprador de energia (geralmente uma empresa) e um desenvolvedor de um projeto de energia renovável (geralmente uma fazenda eólica ou solar).
O comprador concorda em pagar um preço fixo pela energia gerada pelo projeto e, em troca, recebe Certificados de Energia Renovável (RECs) – um instrumento baseado no mercado que atribui os atributos ambientais da geração de energia renovável ao detentor. O desenvolvedor recebe um fluxo de receita estável e previsível que o ajuda a construir e/ou levantar financiamento adicional para o projeto.
Mas é aqui que as coisas ficam interessantes. Como as instalações do comprador são geograficamente distantes do projeto, o comprador não usa de fato a energia renovável gerada pelo projeto. Em vez disso, a energia renovável é adicionada à rede e o comprador continua a depender de suas opções de energia locais. As coisas são equilibradas pelo preço fixo inicial que é definido pelo comprador e pelo desenvolvedor, chamado de “preço de exercício”.
Se o preço de mercado da eletricidade gerada pelo projeto cair abaixo do preço de exercício, o comprador paga ao desenvolvedor para compensar a diferença. Este é um risco para o comprador. Se o preço de mercado da eletricidade subir acima do preço de exercício, o desenvolvedor compensa o comprador pela diferença. Este é um risco para o desenvolvedor.
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Isso realmente reduz as emissões?
VPPAs podem ser complicados, e por isso levantam a questão: se o comprador não estiver usando a energia renovável gerada por um projeto, isso está realmente tendo um impacto positivo em nosso clima e no meio ambiente? A resposta curta é sim.
Quando uma empresa entra em um VPPA, ela não está apenas abordando suas próprias metas de redução de emissões, ela está ajudando a impulsionar a criação de nova capacidade de energia renovável na rede e no mercado atacadista. Uma das maiores barreiras ao sucesso de qualquer projeto de energia renovável é o custo inicial. Os VPPAs dão aos desenvolvedores acesso ao importante investimento inicial, bem como um compromisso sustentado ao longo da duração do contrato (novamente, normalmente de 12 a 15 anos). Isso faz o projeto decolar para que, ao longo de sua vida útil, ele possa adicionar milhares de GWh de energia limpa e renovável à rede. Mais capacidade de energia renovável = melhor.
Da perspectiva do comprador, muito pouca coisa muda. Eles continuam a gerenciar o uso de energia no local normalmente, mas sob o VPPA o acordo de base líquida com o projeto de energia renovável – o preço fixo de energia ou o preço de exercício – compensa seus crescentes custos de eletricidade a longo prazo, estabelecendo um ganha-ganha; mais energia renovável na rede e custos de energia mais baixos e previsíveis para a empresa.
VPPA da Greif com a Enel Green Power España
Durante a Climate Week 2024, a Greif anunciou que assinou um VPPA com a Enel Green Power España que contribuirá para o desenvolvimento de dois projetos solares na Província de Soria, em Castilla y Léon, Espanha. O acordo de 12 anos verá a Greif comprar 70% da produção total do projeto, o que se traduz em aproximadamente 100 GWh todos os anos!
No total, espera-se que o acordo compense cerca de 65% das emissões de Escopo 2 da empresa na Europa e aproximadamente 3% de suas emissões de Escopo 1 e Escopo 2 globalmente. Para ser claro, é um projeto muito, muito grande.
Atualização rápida sobre gigawatts (GW) e gigawatts-hora (GWh)
Para entender a escala deste projeto, vamos começar com uma pequena atualização de física:
Um gigawatt (GW) é uma medida de potência. Um gigawatt-hora (GWh) é uma medida de energia. Como todos nós lembramos da física do ensino fundamental, Energia = Potência x Tempo. Então, uma usina de energia de 1 GW funcionando por 1 hora produz 1 GWh de energia onde potência é igual à produção e energia é igual à produção de potência sustentada por um período de tempo. Embora as duas medidas estejam relacionadas, é importante que elas não sejam confundidas, pois as duas não podem ser comparadas diretamente uma com a outra!
Agora que estamos todos na mesma página, vamos colocar esse poder em contexto. De acordo com números do Departamento de Energia dos Estados Unidos, 1 gigawatt é equivalente à potência de saída de:
- 1,9 milhões de painéis solares
- 294 turbinas eólicas de grande porte
- 1,3 milhões de cavalos
Agora vamos colocar esse poder no contexto da energia. Usando dados do Coletivo de Carbono e supondo que essas saídas de energia operassem continuamente no pico de produção por 1 hora, 1 GWh de energia seria suficiente para abastecer 100 casas por um ano.
Quanto é 100 GWh?
Se é isso que 1 GWh pode fazer, o que 100 gigawatts-hora podem fazer? Praticamente 100 vezes isso. Com base em nossos exemplos acima, esperamos que o acordo VPPA gere energia suficiente para, teoricamente, abastecer quase 10.000 lares nos EUA por ano.
Novamente, para ser claro, é muita energia.
Na Greif, levamos a sustentabilidade a sério. Para saber mais sobre nosso acordo VPPA ou nossas metas de sustentabilidade para 2030, siga-nos em LinkedIn, Instagram, e YouTube e confira greif.com/sustentabilidade.
